A cerimônia de abertura do Festival ABCR 2016, realizada na noite de quarta-feira (04), em São Paulo, trouxe um desafio à audiência diante tempos de crise. Seja na fala do presidente do conselho da Associação Brasileira de Captadores de Recursos, René Steuer, que abriu o evento, seja na palestra aspiracional da ex-atleta e empreendedora social Magic Paula, transpareceram a importância do papel do captador de recursos em contextos, aparentemente, pouco promissores.
“A palavra que mais se ouve no momento é crise; econômica, política e moral. Mas seremos melhores captadores na medida em que cuidarmos de nosso profissionalismo e do profundo conhecimento de nossas causas. O país pode estar mal, mas nós temos a obrigação de sermos cada vez melhores”, afirmou Steuer ao público de 300 pessoas, garantindo que os captadores são agentes de transformação.
Magic Paula, mundialmente reconhecida por seus vitoriosos 28 anos dedicados ao basquete brasileiro (com múltiplas medalhas), deixou clara sua preocupação com a crise política – que, em sua visão, levou às demais. Ela receia um impacto no investimento empresarial a partir de leis de incentivo, grande componente da arrecadação de fundos de sua organização social Toque de Mágica.
“A insegurança é muito grande. É uma luta, mas é também uma paixão que nos move. E como minha mãe me inspirou, lá no início de minha carreira como atleta, tenho uma equipe fantástica que me inspira todos os dias”, reconheceu a, hoje, empreendedora social, cuja organização atende 840 crianças e adolescentes, com o propósito de usar o esporte como o primeiro passo para transformar suas realidades.
O oitavo Festival ABCR é realizado no Centro de Convenções Rebouças, durante os dias 4 e 6 de maio e conta com 500 participantes, além de palestrantes nacionais e internacionais.
Para João Paulo Vergueiro, Diretor Executivo da ABCR, o evento é uma oportunidade de reunir profissionais de todo o país, engajados em mobilizar recursos e viabilizar as causas de suas organizações. “Essa oportunidade, aqui, é única e muito poderosa. Temos captadores atuando em inúmeros setores, em todas as regiões brasileiras. Todos querendo ampliar os recursos, mobilizar doadores, promover a solidariedade.”