Em 2015, os países-membros da Organização das Nações Unidas concordaram em implementar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), uma ambiciosa lista de tarefas que busca, até 2030, solucionar alguns dos principais problemas mundiais, como, por exemplo, a pobreza extrema.
Mas o que isso tem a ver com sua organização? A coordenadora executiva do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE) da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rosane Fontoura, responde:
“Alguns governos e empresas estão usando os ODSs como parâmetro para seus programas de financiamento”, explica, acrescentando que, para acompanhar esse movimento, as ONGs precisam estar conectadas com essa proposta.
“Temos uma premiação para projetos que adotam os ‘objetivos’. O número de inscritos aumentou, mas ainda vemos uma necessidade maior de desenvolvimento”, ressalta.
Na avaliação de Rosane, uma das vantagens de se usar os 17 ODSs como referência é que eles se desdobram em 169 metas claras, o que funcionaria como uma espécie de “bússola” para as organizações. “Não basta dizer qual a sua causa, que mudança você quer fazer. Você pretende melhorar a educação? Mas em qual aspecto desse tema? Tem muita gente que desconhece até a realidade em que pretende atuar”, aponta.
Alargando oportunidades
A coordenadora executiva do CPCE destaca ainda que uma instituição alinhada com os objetivos de desenvolvimento sustentável terá mais chances ao concorrer a editais, públicos ou privados, que usem metas estabelecidas pela ONU como critério.
A dica é especialmente importante, diz Rosane, para organizações de menor porte, que não conseguem contar com uma equipe grande e que sofrem no momento de elaborar um projeto.
“As propostas de ação precisam ter números, indicadores, e os ODSs ajudam essa organizações a entenderem melhor o local em que atuam e a pensarem em estratégias de ação”, finaliza.