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A captação de recursos para o setor ambiental

A Conferência de Estocolmo, em 1972, já alertava sobre os problemas ambientais quando a famosa Curva de Keeling indicava que a concentração de CO2 na atmosfera estava abaixo de 330 partes por milhão (ppm). Na época, éramos 4 bilhões de habitantes no mundo. Hoje, passamos dos 7 bilhões de humanos na terra e o aviso de menos de 50 anos atrás parece não ter surtido efeito quanto às advertências de como o mundo poderia ficar se não freássemos bruscamente a produção de gás carbônico. Resultado: a concentração de CO2 subiu para 420 ppm em 2021.

A informação veio no último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), publicado em agosto de 2021, acompanhada de dado importante: as mudanças climáticas causadas pelos seres humanos são irreversíveis e vão se agravar nos próximos anos e décadas se nada for feito.

Nesse momento, é ainda mais urgente o fortalecimento de organizações da sociedade civil que atuam pela preservação do meio ambiente, por modos de vida mais sustentáveis que ajudem a mudar o cenário crítico de mudanças climáticas. Fomentar a mobilização de recursos é fundamental para que essas ações se multipliquem. “Nunca o sentimento de urgência esteve tão evidente. Algo precisa ser feito para frear as mudanças climáticas e a hora é agora”, enfatiza a conselheira da ABCR, Andrea Peçanha, que é coordenadora da Unidade de Negócios Sustentáveis do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE).

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Sensibilização pública

A sensibilização da sociedade é o primeiro passo para gerar engajamento e apoio na captação de recursos. Se você atua em uma organização ambiental, compartilhe conteúdos relevantes que ajudem na compreensão do que são as mudanças climáticas. Fuja do linguajar técnico, que não se aproxima do público geral e não reflete sobre como ações cotidianas também contribuem para o cenário negativo. É a partir dessa sensibilização que surge a oportunidade de criar campanhas, eventos e outras que permitam arrecadar recursos financeiros.

Apoio do setor empresarial

A crise ambiental também tem sensibilizado o setor empresarial, o que representa uma oportunidade de estreitar laços. “Neste momento, existe uma grande demanda do setor privado por parcerias com organizações ambientais. Tais parcerias são muito importantes porque nascem a partir do entendimento que o conhecimento de um pode completar o do outro e que a ação conjunta potencializa o resultado”, afirma Andrea. 

Para a conselheira, o setor privado, muito influenciado pelo onda ESG e pelas exigências crescentes dos Fundos de Investimento, começa a repensar seus processos e práticas. Questões como neutralização de emissões de CO2, logística reversa, fontes renováveis de energia e ODS deixam de ser periféricas e começam a receber maior foco de atenção. “Muitas soluções podem ser desenvolvidas internamente,  mas outras não e, em muitos casos, a parceria com organizações ambientais ou socioambientais pode ser o melhor caminho a ser adotado.

De acordo com Andrea, existe a compreensão crescente de que a complexidade das questões ambientais demanda soluções conjuntas. “Este é um cenário positivo para doações, financiamentos, ações voluntárias e outras colaborações. As organizações internacionais, com foco em meio ambiente, estão buscando organizações eficientes, transparentes e com capital reputacional para doarem recursos para projetos que gerem impacto. E, neste caso, o valor do dólar tem sido um fator determinante. Cabe às organizações da sociedade civil um amplo trabalho de pesquisa destas organizações doadoras, capacidade de realização e um Report eficiente e transparente”, finaliza.

O site da ABCR mantém uma área exclusiva para divulgação de editais abertos. Acesse a página e fique por dentro de novas oportunidades de captação. 

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