Uma idéia maravilhosa! Este caso da Cruz Vermelha de Portugal apresenta inovação, criatividade e uma nova maneira de fazer com que as pessoas se sintam bem doando. Uma loja que vende esperança, que permite aos seus clientes aprender sobre a causa da Cruz Vermelha, a fazer diferença comprando esperança e, por deixá-los ter uma experiência de compra normal, a mudar o modo como as pessoas veem o ato de doar.
Resumo/ objetivos:
A Cruz Vermelha portuguesa precisava captar fundos para quatro diferentes projetos durante a época de Natal, o que incluia fornecer ajuda social para crianças e idosos. Eles também queriam fornecer treinamento de primeiros-socorros e um serviço de assistência telefônica. Assim, decidiram abrir temporariamente um loja de varejo que venderia esperança, um produto que você não pode ver, tocar, ouvir ou usar, mas que você pode sentir.
O projeto foi realizado entre dezembro e janeiro de 2008 e de 2009.
Contexto:
A partir do momento que a idéia de vender esperança nasceu, a Cruz Vermelha portuguesa começou a procurar pelo local ideal em um shopping popular de Lisboa. Arquitetos, engenheiros e designers de criação trabalharam juntos em tempo recorde para construir a loja.
A loja foi amplamente divulgada na mídia impressa, na internet, na TV e no rádio. A grande sacada foi fazer com que as pessoas sentissem que estavam tendo uma experiência de compra normal: mesmo saindo com as mãos vazias, seus corações saíam cheios.
Características especiais:
O conceito inicial para a primeira loja em 2008 foi a de que esta se parecesse com uma loja de roupas, mas ao invés de roupas os clientes poderiam comprar vouchers. Eles viriam em três tamanhos: pequeno, médio e grande, o que corresponderia a diferentes níveis de doação de 5, 10 ou 25 euros (12, 24 ou 58 euros). Os clientes poderiam adquirir esperança para um de seus projetos favoritos e aprender mais sobre o trabalho realizado pela Cruz Vermelha portuguesa em um trocador especialmente desenhado que estaria dentro da loja.
Já em 2009 o conceito por trás da loja da esperança foi baseado em uma livraria. A loja estava cheia de “histórias da esperança” presentes em livros vazios com imagens de cada projeto nas capas. Os clientes puderam ouvir histórias da Cruz Vernelha por áudio-livros espalhados pela loja e também podiam comprar esperança no formato de um marcador de páginas.
Influência/ impacto:
Em 2008, a loja que vendia esperança foi um grande sucesso. Com tanta publicidade, centenas de pessoas se enfileiraram fora da loja antes de sua abertura e centenas de vouchers foram vendidos. Além disso, a Cruz Vermelha portuguesa recebeu suporte de seus parceiros e fornecedores, e a própria construção da loja teve custos mínimos.
Já em 2009 a loja da esperança foi menos bem sucedida. O que pode ter ocorrido em razão da loja se encontrar em uma localização não tão central e também pela situação econômica da época.
Méritos:
A loja que vendia esperança da Cruz Vermelha portuguesa demonstra uma brilhante inovação e criatividade. Por realizarem algo novo e diferente, eles conseguiram uma ótima alternativa de presente para o Natal e também mudaram o modo como as pessoas viam o ato de doar.
Outras informações relevantes:
A agência Leo Burnett ganhou vários prêmios pelo projeto, incluindo um Leão, em Cannes, em 2009.
Link para vídeo explicativo, que mostra a loja da esperança e como ela foi criada: http://www.youtube.com/watch?v=DBQi55LQAmU&feature=player_embedded#!
Meio de comunicação: evento
Tipo de organização: benefício público/social
País de origem: Portugal.
Criação: Agência de propaganda Leo Burnett, escritório de Lisboa, Portugal.
Nome do responsável pelo caso: Sofia Freitas, Diretora de Desenvolvimento de Relacionamento da Cruz Vermelha portuguesa.
Data de primeira exibição na página da SOFII: dezembro de 2008.
Original em português na página da SOFII: http://www.sofii.org/showcase-item?hall=390&id=71&pos=12
Original em inglês na página da SOFII: http://www.sofii.org/node/606