Continuamos com as entrevistas rápidas com captadores de recursos do Brasil. Ainda na primeira série, com os diretores da ABCR, nosso próximo entrevistado é João Paulo Vergueiro, Diretor secretário da nossa associação.
1 – Fale um pouco de você…
Sou mestrando em Administração Pública pela EAESP-FGV, e tenho formação em Administração Pública e Direito. Atuo no momento como assistente de financiamento de projetos para o Brasil da ONG britânica Christian Aid, além de ser professor e consultor em administração pública e terceiro setor. Tenho uma linda filha, de um ano e meio, a Maria Alice, e escrevo um blog sobre ela http://vergueirinho.blogspot.com.
2 – Quando você começou a trabalhar com captação de recursos?
Ainda na universidade, quando membro do movimento estudantil, captando recursos para as atividades desenvolvidas. Mas profissionalmente de fato foi a partir de 2009, quando assumi o cargo de Assistente de Financiamento de Projetos da ong britânica Christian Aid e sou responsável pela captação de recursos internacionais para os parceiros no Brasil.
3 – Você se considera especialista em alguma área específica?
Tenho um pouco mais de conhecimento sobre linhas internacionais de financiamento de projetos, como por exemplo os editais da União Européia.
4 – Como vê a captação de recursos no Brasil nos próximos anos?
Em contínuo processo de profissionalização, com a incorporação dos conceitos modernos de captação de recursos por parte das médias e pequenas organizações da sociedade civil, além das grandes que já os utilizam. O problema são as organizações cujo modelo de gestão é antigo, que ficam apoiadas em uma visão ultrapassada da captação de recursos e sempre esperando que o dinheiro apareça naturalmente. Essas serão superadas por aquelas que se profissionalizarem e crescerem, já que os recursos são finitos.
5 – Como a ABCR poderia contribuir com essa sua visão?
Apoiando o trabalho dos captadores, divulgando o assunto por todo o país, realizando eventos de debate e interação entre captadores, proporcionando conteúdo de interesse, etc. Defendendo uma melhor identidade do captador e buscando o seu reconhecimento como área de atuação no terceiro setor.