Não sou um captador. Isso é importante porque, desde 1993, tenho servido à captação de recursos. Por que? Porque a captação é um ator fundamental no impacto que temos na sociedade, no nosso ambiente, nas vidas que tocamos. Essa é a missão à qual tenho servido por 20 anos – uma parte crítica de quem sou.
A captação pode ser uma missão difícil a vender. Não é o dramático apelo do “Salvem o Planeta” que faz com que as pessoas acabem doando por reflexo. Definitivamente, a captação não apela para as emoções das pessoas. Mas o faz para as minhas, e isso é porque a captação pode se esgueirar por detrás das cortinas. Captação não é uma missão para nenhuma organização da sociedade civil. Raramente é parte do que a organização entrega, e não está na frente ou no centro de nenhuma lista de objetivos sociais, que eu esteja ciente. Ainda assim, sem a captação de recursos, esses objetivos não seriam alcançados. Alguém tem que gritar isso para o mundo – e esses somos nós. Ou somos mesmo?
Para além da captação de recursos, minha paixão sempre foi educação e chegar nos jovens como uma ferramenta para a mudança social. Em todos os meus anos como voluntário no Prince’s Trust, aprendi que esses são causas desafiadoras para captar – e aprendi que captação de recursos é uma arte essencial que apoia trabalho essencial – que foi o que me fez trabalhar primeiro para o Institute of Fundraising, depois para a Association of Fundraising Professionals e, suspeito, para captadores para o resto da minha vida.
Mas o desafio real para mim é isso: eu não acredito que alguém fora da nossa profissão e das organizações para as quais servimos realmente ligue para captação de recursos. E realmente não vejo porque deveriam. O que todos nós deveríamos nos preocupar é manter o show – e todos os shows já na estrada – reconhecendo que o sucesso em fazer isso é a nossa recompensa, e não o reconhecimento público. Precisamos trabalhar em algumas áreas: ajudando pessoas a entender como o show é mantido na estrada e o papel que temos nisso. Precisamos parar de categorizar alguns doadores como sendo mais ou menos merecedores que outros e celebrar toda a generosidade de onde quer que ela venha. Acima de tudo, precisamos celebrar a transformação que ajudamos a alcançar hoje, no passado e no futuro.
Olhe ao seu redor. A qualquer lugar do mundo que você vá, as doações transformaram o ambiente, transformaram a sociedade, transformaram cultura e filosofias que usamos para definir tudo disso. Tenho orgulho do meu papel em dar continuidade a esse trabalho; tenho orgulho do papel das comunidades de captadores nas quais atuamos. Acima de tudo, tenho orgulho da transformação que foi alcançada. Ela fala por si.
Então vamos ter orgulho – nosso trabalho, nosso impacto, falam por si. Que demonstração incrível para todos nós.
Andrew Watt, Presidente e CEO da Association of Fundraising Professionals
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Artigo publicado originalmente em 01 de julho, em uma série de artigos do Institute of Fundraising sobre o orgulho na profissão de captação de recursos. Leia o texto original aqui.