Toda profissão tem suas especificidades e demanda um conjunto de competências técnicas e comportamentais. Segundo o Classificação Brasileiro de Ocupações (CBO), a profissão de captador/mobilizador de recursos inclui atividades como prospectar clientes/doadores e se relacionar com eles. Todas elas exigem habilidades que, constantemente, aparecem na lista de exigências para contratação em organizações da sociedade civil (OSCs).
Com base nas vagas que divulgamos aqui no site da ABCR, indicamos cinco habilidades essenciais para quem atua ou pretende atuar na captação de recursos. Não são as únicas competências necessárias, mas são aquelas que mais aparecem na descrição das oportunidades e fazem parte da rotina no setor. Confira:
Comunicação
Escrever projetos, propostas de financiamento, fazer apresentações, falar em público, fora atividades rotineiras como escrever e-mails, participar e conduzir reuniões. Pessoas que trabalham na captação de recursos precisam ter excelente habilidade de comunicação escrita e oral e para desenvolvê-la o treino é fundamental. Busque escrever textos que sejam coerentes, concisos e que façam sentido para os leitores. Na comunicação oral, comece prestando atenção em como você fala com outras pessoas, quais os “vícios” e como pode melhorar. O site Na Prática e a Revista Exame criaram uma websérie com dicas valiosas para quem quer melhorar em comunicação.
Negociação
A arte de fazer uma boa negociação é outra habilidade requisitada em vagas de emprego na captação de recursos. Para negociar bem é preciso preparo técnico, conhecimento de causa, escuta ativa, equilíbrio emocional e pensamento rápido, afinal, às vezes é preciso repensar a estratégia no meio de uma reunião e encontrar uma alternativa que seja boa para ambas as partes.
Visão estratégica
Essa é a habilidade de conseguir avaliar interesses dos doadores, pensar em oportunidades, antecipar riscos e dimensionar os impactos de todas as suas ações. Mesmo que na prática esse seja um grande desafio, o desenvolvimento dessa competência é crucial para quem desenvolve projetos e precisa ter clareza sobre o objetivo que deseja alcançar, quais os passos necessários para atingi-lo e o que precisa ser corrigido ao longo do caminho.
Flexibilidade
O setor social se reinventa a cada novo desafio e a cada nova oportunidade que surge. Nesse movimento, as organizações melhoram suas práticas de arrecadação e a forma como se relacionam com os diferentes perfis e gerações de doadores em potencial. Se agarrar a velhas fórmulas é uma aposta perigosa. Pessoas que atuam na captação de recursos precisam ser flexíveis e buscar inovar em suas estratégias. Isso não necessariamente significa criar algo do zero, mas ficar por dentro do que acontece no setor, conversar com outros profissionais, fazer cursos e ler bastante.
Credibilidade
Equipes de captação, e não só elas, devem ser éticas, transparentes e confiáveis. Uma postura íntegra motiva os doadores a se manterem engajados com a causa e fortalecer o campo social como um todo. A ABCR desenvolveu um Código de Ética da profissão, que ressalta princípios de atuação responsável e propõe condutas éticas a serem seguidas pelos seus associados e servir como referência para todos aqueles que desejam captar recursos no campo social.
O documento cita que o captador deve respeitar o sigilo das informações sobre os doadores obtidas em nome da organização em que trabalha, exigir da organização total transparência na gestão dos recursos captados e cuidar para que não existam conflitos de interesse no desenvolvimento de sua atividade. Para acessar o Código de Ética na íntegra, clique aqui.
Agora que você já conhece as cinco habilidades essenciais na captação de recursos, não deixe de conferir as oportunidades de trabalho que são divulgadas aqui no site. Tem sempre vagas recentes e informações sobre como se candidatar.