Dentre os finalistas do Prêmio Mobiliza, o Instituto Esperançar ficou na terceira colocação, atuando desde 2011 no complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, com o objetivo capacitar jovens para o mercado de trabalho. Confira o projeto enviado pelo Instituto e que alcançou o terceiro lugar:
“O movimento de captação de recursos da instituição começou com um projeto chamado Jovens da Saúde. Este foi o primeiro projeto do Instituto, e não havia até então nenhum recurso financeiro. Então, os associados fundadores foram convocados a contribuírem com R$ 100 mensais por um período de cinco meses. Depois, foram prospectados parceiros estratégicos para a realização do projeto – o primeiro foi o Instituto Nacional do Câncer, que ofereceu a estrutura física para a execução do curso, além de 20 profissionais voluntários para dar capacitação aos alunos. Em seguida, foram preenchidos editais. Com o término desta primeira fase, foi concretizada uma parceria com o Senai, que ofereceu bolsas de formação técnica aos alunos do projeto.
O diferencial do projeto é que não há dependência exclusiva de recursos financeiros para sua viabilização. A captação de parceiros estratégicos, que oferecem bolsas de formação profissional, estrutura física e voluntariado especializado, permite que o projeto exista sem que a instituição perca o aporte financeiro dos atuais patrocinadores.
O desafio maior foi a limitação orçamentária, superado pelo grande desejo de iniciar o projeto e focando na captação de recursos. A equipe se dedicou à construção de um bom planejamento estratégico e se empenhou na etapa de prospecção. O plano de captação foi estruturado pelas seguintes linhas: pessoa física; empresas privadas; empresas públicas; instituições religiosas; fundos governamentais; organizações não governamentais e fundos internacionais. Os resultados foram a captação de voluntários, captação de infraestrutura e bolsas de estudos, além de recurso financeiro direto por meio da Brazil Foundation (R$ 25 mil) e a empresa Araújo Abreu (R$ 35 mil).
O maior desafio encontrado pela organização foi a falta de estrutura administrativa que desse suporte ao trabalho de captação realizado. Após a efetivação das parcerias, havia uma série de desdobramentos burocráticos, como documentos, contratos, contas bancárias. Diante desta experiência, o aprendizado foi sobre a importância e a necessidade de contar com uma estrutura administrativa que auxilie o trabalho de captação de recursos.