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Saiba usar o Linkedin para criar uma rede de conexões valiosa para a captação de recursos

Linkedin

Com mais de 850 milhões de usuários de 250 países, o Linkedin é a maior rede profissional do mundo. Somente no Brasil, são mais de 57 milhões de usuários, deixando o país na terceira posição quanto ao número de usuários, atrás apenas da Índia e dos Estados Unidos. Projetada para a busca de oportunidades de trabalho, criação de conexões profissionais e para que as pessoas compartilhem currículos, experiências e conhecimentos, a rede representa um mar de oportunidades para a captação de recursos, mas muitas instituições não a usam corretamente, pondera Leonardo Mesquita, consultor e mentor de empresas e profissionais que desejam utilizar o Linkedin para criar conexões com empresas e parceiros.

Segundo Leonardo, em média, um milhão de usuários brasileiros da rede postou conteúdo nos últimos 30 dias. Os dados foram apresentados durante o Encontro de Comunicação e Captação de Recursos 2022, promovido pela parceria inédita entre a ABCR, a Escola Aberta do Terceiro Setor e a Rede Filantropia. Durante o painel Como utilizar o Linkedin para captar recursos, Leonardo frisou que há muitos perfis abandonados e desatualizados no Linkedin. Este é um dos erros mais comuns que podem ser cometidos, pois quanto menos a plataforma é utilizada, menores são o networking e a visibilidade dos usuários.

“Quanto mais ativo e mais relacionamentos você tem, melhor.  O Linkedin é como uma vitrine, mas se ela não está chamando atenção e está desatualizada, não funciona. Durante minha trajetória profissional, o que me fortaleceu muito foi ter os contatos certos e o Linkedin sempre foi uma fonte disso para mim”, relatou Leonardo. 

Além da falta de atualizações nos perfis, muitas pessoas desconhecem as melhores formas de utilizar a plataforma, o que implica na perda de oportunidades que podem ser valiosas para a captação de recursos. Leonardo frisa que não é necessário aderir ao perfil pago da rede para ser bem-sucedido. Basta conhecer as ferramentas disponibilizadas gratuitamente pelo Linkedin e saber usá-las com sabedoria. 

O consultor aponta a existência de quatro pilares para isso: busca das pessoas certas, criação de conteúdo relevante, posicionamento e relacionamento. Estes passos são originários do Social Selling (venda social), uma estratégia de marketing para usar redes sociais com o objetivo de atingir um público-alvo específico e alavancar as vendas. Com base na estratégia, Leonardo desenvolveu um método que também pode ser usado na captação para organizações da sociedade civil. 

Posicionamento 

Em primeiro lugar, é imprescindível posicionar-se corretamente na rede. Isso significa manter o perfil do Linkedin atualizado, com uma linguagem clara, que mostre o trabalho da organização e seu propósito, e criar conteúdos. As postagens podem abordar mais diretamente a atuação da organização, mostrar um pouco dos bastidores, participação em eventos, palestras e atividades semelhantes, promover enquetes e até oferecer indicações culturais.

“A melhor forma de se posicionar é tornar claro o que você faz e para quem faz. O posicionamento deve estar alinhado com sua essência, aquilo de que você gosta de fazer e o mercado em que atua. As pessoas perdem oportunidades de criar conteúdo por medo da crítica e de não ter engajamento, mas é preciso acreditar na própria competência. É um processo simples”, analisou Leonardo.

Análise e Público-alvo

É um equívoco nutrir o desejo de falar com todo mundo sem estabelecer alguns critérios para criar conexões. Leonardo recomenda que as organizações façam uma análise do setor e se dediquem às pessoas certas. Em seguida, é o momento de usar a busca da rede para encontrar os contatos. Os filtros de busca do Linkedin permitem a definição de especificidades como cargo, área de atuação, porte de empresas e localização. 

Abordagens no LinkedIn

O uso de chatbots (robôs automatizados) é cada vez mais comum, entretanto, no Linkedin, as pessoas preferem se conectar com outras pessoas e sentir proximidade com quem se comunicam, ao contrário do que ocorre com os robôs. Por isso, usar mensagens automáticas e focadas em vendas de serviço no Linkedin é invasivo e não faz sentido para a captação. O ideal é enviar convites de conexão para o público-alvo e uma mensagem simples que mostre o interesse da organização em ter aquele contato na sua lista. 

Networking

O cultivo dos relacionamentos com possíveis parceiros de captação de recursos acontece aos poucos, conforme eles se familiarizam com a instituição e percebem se estão ou não alinhados com suas metas, necessidades e valores. A pressa é uma inimiga dessa etapa, pois o relacionamento deve prezar pela humanização, respeitando as particularidades de todos os envolvidos.

“Existem formas de você humanizar o processo de relacionamento. Se você só quer ofertar algo, as pessoas vão ficar longe de você. É super importante vender, mas não a qualquer custo. A relação se baseia na confiança, quando o vendedor quer tratar só da venda, você não quer comprar, mas quer ser ouvido e acolhido. Seu comportamento, a maneira com a qual você fala e trata os outros influenciará nisso. É preciso conhecer a pessoa antes de vender o projeto, falar sobre a própria trajetória, sempre se questionar sobre possíveis melhorias, se a abordagem está correta e se está se relacionando com pessoas certas”, finaliza Leonardo.

E por falar em redes sociais, você já leu nossa matéria sobre como o Instagram pode melhorar os resultados da captação? Clique aqui e veja nossas dicas.

 

Texto publicado pela Captamos, editoria da ABCR de conteúdos aprofundados sobre mobilização de recursos para causas

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