Um imperativo para a captação de recursos nas organizações é, sem dúvida, a busca pela diversificação das fontes de receitas. Neste aspecto, as notas fiscais emitidas pelos estabelecimentos comerciais estão se tornando uma boa oportunidade para captar. Como por exemplo, o programa Nota Fiscal Paulista, que tem proporcionado a muitas organizações no Estado de São Paulo ampliar seu rendimento, por meio de recursos que entram livres para investimento.
Renato Pavone, associado da ABCR (03852), escreveu um artigo sobre a iniciativa que, apesar de dirigida ao consumidor que doa sua nota fiscal, é bastante oportuna e didática também para as organizações. Vale a pena a leitura!
E O OSCAR VAI PARA: O CONSUMIDOR COM RESPONSABILIDADE SOCIAL
Imagine a cena: você, todos os dias, podendo decidir como o Governo vai destinar parte dos impostos que paga! Você sai para comprar alguma coisa, vai ao supermercado, açougue, padaria, compra um sapato ou uma roupa e decide: “esse pedaço do meu ICMS vai para escolas, esse outro para hospitais, aquele outro para o tratamento de deficientes e assim por diante”.
A cena aqui descrita até parece filme de ficção científica. Imagine, o cidadão normal, decidindo sozinho e de forma democrática sobre a aplicação dos recursos governamentais! Pois bem, posso afirmar com 100% de certeza que isso é possível e que milhares de paulistas abrem mão dessa oportunidade todos os dias.
Calma! Vou explicar e você vai entender que ninguém, ou quase ninguém, faz isso de forma consciente.
Você já deve ter ouvido falar do programa Nota Fiscal Paulista, implantado pelo Governo do Estado de São Paulo. O slogan retrata muito bem o programa: “Quanto mais você pede, mais você ganha”. Mas fica uma dúvida: e quando você não pede, quem ganha ou quem perde?
Acontece que a grande maioria das pessoas, quando compra um produto, não pede cupom fiscal e, quando o faz, pega aquele pedaço de papel e o descarta logo em seguida. Aqui é que chamo sua atenção, pois se você age assim, digo que deixou escapar a oportunidade de ser o ator da cena que descrevi no início desse artigo. E vou te contar mais: todos os meses, são desperdiçados mais de 300 milhões de cupons fiscais.
O programa Nota Fiscal Paulista prevê que até 30% do imposto recolhido pelo estabelecimento comercial pode retornar em forma de créditos para quem pede o cupom fiscal com CPF (ou CNPJ) ou para as entidades beneficentes, legalmente assim declaradas (como ONGs e instituições de ensino, por exemplo) que recebam cupons fiscais em doação pelo consumidor. Quando você pede o cupom e o doa para uma entidade, está decidindo como o Governo deve distribuir o imposto que você paga.
Se você acha que a educação no país vai mal, está aí a oportunidade de decidir pela aplicação dos impostos na educação. Se está descontente com o atendimento dos hospitais, doe seu cupom para uma entidade do setor da saúde; se a assistência social tem a sua prioridade, também há diversas opções; por fim, se a sua atenção é da proteção animal, destine seu cupom a ela.
Nesse momento você deve ter três perguntas:
1) Quais são as Instituições que podem receber cupons em doação?
Somente as Instituições cadastradas no Governo do Estado de São Paulo poderão receber os cupons em doação.
2) Essas ONGs possuem credibilidade?
O processo de cadastramento no Estado é bastante rigoroso e, por isso, o processo parece muito confiável. Além disso, pode ser uma excelente oportunidade de se conhecer a entidade e, quem sabe, se envolver com algum trabalho voluntário.
3) Como faço para doar meus cupons?
a. Se no estabelecimento comercial houver uma urna ou caixa de coleta de cupons, você pode depositar o seu ali;
b. Você pode procurar ONGs que possuam métodos eletrônicos ou não de captação de cupons fiscais, como por exemplo o Velho Amigo
Sendo um cidadão consciente o Oscar de Melhor Ator da Responsabilidade Social já é seu!
Renato Pavone
Fone (11) 98676-7997
https://br.linkedin.com/in/renatopavone
Associado ABCR e Consultor em Tecnologia para Organizações do Terceiro Setor