Mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo utilizam o Instagram. No Brasil, são mais de 119,45 milhões de usuários da rede social criada em 2010. O país ocupa a terceira posição no ranking mundial, atrás apenas da Índia (com 230,25 milhões de usuários) e dos Estados Unidos (com 159,75 milhões de usuários), informa o portal Statista, especializado em dados de mercado e consumidores.
Segundo Emily Smith, vice-presidente de gerenciamento de produto e impacto social da Meta Platforms (antigo Facebook), o Instagram e o Facebook já conseguiram arrecadar um valor superior a US$6 bilhões desde o início das captações de recursos em 2015. Em conjunto, ambos obtiveram US$150 milhões para apoiar causas ambientais e o combate às mudanças climáticas. Com popularidade crescente, o Instagram é uma excelente plataforma de divulgação para organizações da sociedade civil, que podem apresentar seus trabalhos e aumentar o número de doadores. Conheça as ferramentas oferecidas pela rede e boas práticas para a captação de recursos.
Stories
Os stories podem conter fotos, textos ou vídeos e são automaticamente apagados após 24 horas. Eles estão localizados na parte superior do feed e também podem ser disponibilizados em sequência para os seguidores. Como os stories estão no topo do perfil, são uma boa maneira de atrair engajamento. Caso exista o desejo de que eles sejam vistos posteriormente, existe a opção de salvá-los como destaques e, assim, eles são posicionados abaixo da biografia do perfil e acima do feed, funcionando como uma coleção de stories. Neste caso, devem ser mantidas informações mais sólidas, específicas e relevantes sobre a ONG, como dúvidas comuns a respeito da causa e do trabalho da organização.
Os stories permitem uma linguagem mais casual e uma maior conexão com as pessoas, já que normalmente são diferentes das imagens meticulosamente posadas da plataforma. Outra possibilidade é inserir um link nos stories, que direciona o público até a página de doação. A ONG também pode fazer perguntas para o público e conhecê-lo melhor, além de saber suas preferências, valores, entre outras informações. Além disso, os stories podem ser usados para retratar a rotina das organizações da sociedade civil. Entretanto, é preciso ter cautela: sequências muito longas nos stories tendem a repelir os usuários. O importante é prezar pela objetividade.
Feed
Exemplo: https://www.instagram.com/p/CZcM2OKlhrW/?igshid=MDJmNzVkMjY=
O feed reúne todas as publicações do perfil e funciona como um “portfólio’’ que resume o conteúdo produzido pela organização. As postagens revelam o posicionamento ético e visual da ONG e, portanto, sua identidade. No feed, aumenta o cuidado com a qualidade da seleção de imagens, vídeos e textos trabalhados pelas organizações. As imagens não precisam ser somente fotos de atividades realizadas, mas também artes com a missão da ONG, indicação de como as pessoas podem ajudá-la e o impacto promovido entre os beneficiados. Essas publicações são compartilháveis e expõem os resultados do trabalho das ONGs. Aumentar a interação com os seguidores ou possíveis seguidores também é importante aqui, já que os comentários permanecem abaixo das postagens. Respondê-los sempre que possível abre um canal de diálogo com as pessoas e fortalece a imagem da ONG. Por isso, planejar o feed estrategicamente e mantê-lo organizado desperta o interesse dos usuários, auxiliando na captação de recursos.
IGTV
Exemplo: https://www.instagram.com/tv/CA79WLnHIXG/?igshid=MDJmNzVkMjY=
O IGTV foi lançado em 2018 e permite a visualização de vídeos mais longos. Os vídeos são facilmente compartilháveis e os usuários podem apresentar os conteúdos de organizações com as quais se identificam para outras pessoas. O IGTV disponibiliza os vídeos diretamente para os seguidores, sendo que nas lives (transmissões ao vivo), os seguidores podem interagir por meio de comentários, curtidas, figurinhas etc. O formato é excelente para aprofundar discussões e realizar debates com convidados, propiciando uma troca mais envolvente com o público.
Reels
Exemplo: https://www.instagram.com/reel/CcQtPFOFsR-/?igshid=MDJmNzVkMjY=
A vantagem do Reels é a popularidade: estes vídeos atraem mais engajamento do que as postagens regulares do Instagram. Com duração de até 60 segundos, os vídeos conquistam mais pessoas quando apresentam conteúdos divertidos, educacionais e inspiradores. Ao utilizarem o espaço, as ONGs devem estar atentas a essas características e também aos recursos audiovisuais, usando áudios, sobreposições e outros efeitos do Reels para dialogarem com seu público e aumentar o número de doadores.
Boas práticas de utilização
Seja qual for o método utilizado pelas organizações da sociedade civil para a captação de recursos, é crucial ter um objetivo claro e conhecer o público que receberá o conteúdo. A partir desse momento, o ideal é que a organização construa um planejamento e desenvolva um calendário. Nele, pode-se explorar efemérides e outras datas oportunas para a captação, como o famoso Dia de Doar.
Há também diversos temas como: história do projeto, apresentação do propósito e como funciona o trabalho, o que ocorre nos bastidores da ONG (preparação de campanhas, eventos, passeios, reações de destinatários de uma doação etc), os membros da equipe que impulsionam a organização, mitos e estereótipos sobre a causa defendida e números sobre o impacto atingido.
As hashtags também ajudam a alavancar as campanhas de captação. Além do uso de hashtags comumente difundidas, as organizações podem desenvolver hashtags criativas e únicas para suas causas. Não se pode esquecer de que a essência da organização deve estar explícita nos variados espaços do Instagram, desde a biografia até uma live, que devem mostrar porque merecem e precisam de mais apoiadores. A rede pode ser muito eficaz para auxiliar na arrecadação financeira, pois permite o compartilhamento de histórias valiosas sobre os propósitos das ONGs, oferecendo um conjunto de ferramentas para uma comunicação inspiradora e assertiva.
Sua organização recebe doações on-line? Saiba aqui como otimizar sua captação de recursos com as ferramentas certas.