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Orgulho da profissão: a emoção de quem já tem a profissão de captador de recursos em documentos oficiais

Até o início de 2021, as profissões registradas na carteira de trabalho de Rodrigo Goes Moreira (ABCR 5575) foram Gerente de Investimentos e Analista de Recursos Humanos. Isso não seria um problema se não fosse um detalhe fundamental: ele já atuava na área de captação de recursos. No entanto, como a profissão não era formalmente reconhecida no Brasil, outros cargos eram nomeados no seu documento. 

Esse cenário só mudou em fevereiro do mesmo ano com a inserção da captação de recursos na Classificação Brasileira de Ocupações – CBO, realizada pelo Ministério da Economia após um pedido formal feito pela ABCR. O código na CBO é 4110-55 e o título é de Captador de recursos / Mobilizador de recursos. No código, é possível visualizar um descritivo breve, que consta no documento: “captadores/as atuam na área de captação de recursos, planejando e implementando estratégias de captação e contato com doadores/ parceiros”.

Profissão registrada

A conquista ocorreu após uma longa dedicação dos profissionais do setor e é celebrada por mobilizadores e organizações da sociedade civil. Sem a necessidade de utilizar outras denominações para a profissão de mobilizador de recursos, aumentar a valorização dos atores do segmento, já que eles veem seus trabalhos e direitos serem reconhecidos legalmente. Consequentemente, o setor filantrópico é beneficiado com mobilizadores mais engajados, articulados e capacitados. “Eu me sinto representado ao ver o registro na carteira de trabalho, isso faz com que você tenha orgulho, é algo que faz com que você se sinta abraçado”, afirma Moreira. 

Antes de ingressar no setor, ele era técnico em segurança do trabalho e planejava ser engenheiro. Porém, o captador recebeu um “chamado”: “Comecei por acaso, fazia um trabalho voluntário em uma organização e surgiu um edital na época. Fiz minha primeira captação em editais de forma gratuita e voluntária em 2016. Sou fruto do terceiro setor; quando era muito jovem, fui impactado por um projeto social na favela onde morava em São Paulo e o trabalho voluntário foi uma forma que encontrei de retribuir”.

Especializado em marketing e em gestão de projetos, Moreira acredita que o reconhecimento da profissão ajuda a direcionar as pessoas interessadas na carreira e assegura uma relação de trabalho saudável entre os captadores e as organizações da sociedade civil. “Algumas organizações trabalham com o mobilizador de forma predatória e o enxergam somente como um representante comercial. A mobilização de recursos é uma maneira de tratar o terceiro setor com amor. Os doadores têm a relação de se apaixonar pela causa e a área representa uma profissionalização para a causa e para a mobilização”, comenta. 

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