A dependência das organizações às doações que precisam integralmente investidas em projetos, o chamado recurso “vinculado” (ou “restricted”, em inglês), as deixam bastante vulneráveis financeiramente. Por isso, é importante buscar, dentro da estratégia de captação de recursos da entidade, uma diversificação que traga mais recursos livres, não-vinculados, e que proporcionem a manutenção das atividades operacionais.
Aumentar a arrecadação de recursos não-vinculados, no entanto, não é uma tarefa fácil, e por isso identificamos cinco dicas que podem ser úteis aos captadores:
1 – Reconheça a necessidade de mudança. Não há porque tentar inovar: fontes de recursos vinculados não vão sustentar o trabalho da organização.
2 – Desenvolva o caso e encontre a história. É preciso ser capaz de justificar os motivos dos beneficiários da organização precisarem dela e das atividades que ela desenvolve. Se não é possível sequer justificar isso internamente, e acreditar nisso, então os doadores também não vão acreditar. Identifique que tipos de doadores se almeja e encontre a história e mensagem do trabalho que vai conectá-los.
3 – Faça perguntas. Deve-se iniciar com pequenas mudanças em ações que já se realizam. Por exemplo, se um boletim periódico é enviado, que tal fazer dele uma carta de um pedido de doação (“appeal”)?
4 – Invista. É importante ser disciplinado e investir o recurso livre que for inicialmente captado e multiplicá-lo em mais recursos livres, investindo em captação de recursos.
5 – Mantenha registros dos contatos. Até que os programas de captação de recursos não-vinculados sejam desenvolvidos, todos os seus stakeholders são potenciais doadores e deve-se ser possível agradecer aos que já doam, bem como manter contato com aqueles que podem fazê-lo no futuro.
E, seguindo ou não as dicas acima, não se esqueça: captação de recursos é planejamento, e não ação de impulso.
Fonte original:http://www.institute-of-fundraising.org.uk/blog/five-steps-to-increase-your-unrestricted-charity-income