A última edição do World Giving Index, pesquisa realizada no mundo todo e que mede o número de doadores em 135 países (além de dois outros indicadores), trouxe o resultado: o Brasil conta com 34 milhões de doadores. E se dividirmos o número de doadores pelo número de associações e fundações (293 mil), um cálculo simples, chegamos ao resultado curioso de que há no país 116 doadores por organização da sociedade civil.
O World Giving Index, que vem sendo publicado desde 2009, e este ano entrevistou 155 mil pessoas, apresenta o Brasil com o oitavo país do mundo com mais doadores. Esse resultado, no entanto, apesar de parecer positivo, esconde uma realidade não muito animadora: em proporção ao total da população considerada como potencialmente doadora (os que têm entre 15 e 65 anos de idade, de acordo com a pesquisa), somos apenas o 72º lugar dentre todos os países pesquisados.
E o World Giving Index, que em uma tradução livre significa “Índice Mundial da Solidariedade”, traz outro resultado ainda mais negativo para o Brasil: considerando os três indicadores pesquisados, que são doação, voluntariado e ajuda a estranhos, ocupamos apenas o 91º no mundo, e a última posição na América Latina (empatados com Venezuela)!
Ainda assim, para os profissionais de captação brasileiros, os números nos parecem auspiciosos. Com 34 milhões de doadores – indivíduos com disposição para apoiar financeiramente as organizações da sociedade civil – há muito espaço para o desenvolvimento de campanhas de mobilização de recursos.
Essa é uma posição que defendemos há tempos, e cuja pesquisa reforça ainda mais nossa convicção: as organizações devem investir em um planejamento de captação de recursos que considere indivíduos e busque assim, a partir da aproximação com doadores e a comunidade, fortalecer a sustentabilidade da sociedade civil.
E você, captador/captadora já encontrou os doadores da sua organização?
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Para conhecer os resultados completos do World Giving Index é possível acessar o relatório, em inglês, clicando neste link.