Em segundo lugar no Prêmio Mobiliza 2012 ficou o MAM de São Paulo, que tem como missão colecionar, estudar e difundira arte moderna e contemporânea brasileira, tornando-a acessível para o maior número de pessoas possível. O museu é uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos, e o case em questão é uma festa que ia ser promovida na sala expositiva do museu para arrecadar recursos para a realização do 33º Panorama da Arte Brasileira, exposição bienal sobre arte contemporânea no país.
Sete artistas criaram obras-convite que foram doadas ao museu, sendo cada uma no valor de R$ 1.000,00. Com 100 peças por criação, o convite em forma de obra de arte é retirado na galeria que representa o artista escolhido. Os custos de produção de cada obra são financiados pelas galerias, e o montante líquido arrecadado por meio da venda dos convites será revertido para a produção da exposição em 2013.
A ação é um canal de fortalecimento institucional da exposição e do MAM, além de ser uma ferramenta de captação de recursos e prospecção de sócios pessoa física para o museu. A ideia é que a ação ajude a construir uma sociedade mais ativa e propositiva no âmbito da cultura nacional. Além disso, o projeto é importante para o planejamento estratégico do MAM, que vem buscando formas de diversificar suas fontes de renda. As doações vindas deste projeto sustentam um modelo de financiamento de longo prazo, pois os recursos doados não estão atrelados a um projeto de lei. Grande parte dos convites foi vendida para os sócios do Núcleo Contemporâneo, que apoiaram na divulgação da festa, assim como outras áreas do museu.
Em termos de captação de recursos, foram captados R$ 160 mil via patronos e patronesses para custear a festa, além do valor arrecadado via venda de convites. Outros resultados percebidos foram: o grande envolvimento dos patronos com o museu, assim como a percepção de que o projeto fomentou o voluntariado.
Os desafios encontrados foram: fazer uma festa que não atrapalhasse a logística das demais exposições, assim como mostrar que o valor cobrado pelo convite não era abusivo. Tivemos que explicar aos funcionários do museu e aos sócios do núcleo que o convite é uma obra de arte, e enfatizar que o valor seria revertido para a exposição.