Realizado pela UWB (United Way Brasil), em parceria com as UW da Colômbia e do México, o evento on-line reunirá nos dias 19 e 20 de outubro, especialistas de diferentes países para compartilhar conhecimentos e práticas que utilizam a metodologia impacto coletivo com o propósito de enfrentar desafios socioeconômicos e ambientais complexos.
O Fórum Latino-americano de Impacto Coletivo irá reunir, ao vivo, no YouTube, representantes de instituições, fundações, organizações sociais, academia, poder público, empresas e interessados no tema. O objetivo é ampliar o debate sobre a importância de uma atuação coletiva, colaborativa e horizontal para formular estratégias eficientes capazes de resolver ou mitigar problemas que impedem pessoas e comunidades de prosperarem, comprometendo a sustentabilidade do planeta.
Nesta edição do fórum, a equidade, especialmente a racial, é o tema central dos diálogos e debates, entendendo que promovê-la é essencial para que as ações sejam, de fato, sistêmicas e sustentáveis. Por isso, a importância de se ter clareza sobre o conceito da equidade definida como “a imparcialidade e a justiça alcançadas por meio da avaliação sistemática das disparidades em oportunidades, resultados e representações e a reparação dessas distorções excludentes por meio de ações intencionais e direcionadas” (artigo Priorizar a equidade no impacto coletivo).
O foco na equidade racial se sustenta na realidade histórica enfrentada pelas pessoas negras, frequentemente marginalizadas estrutural, institucional e interpessoalmente nos diferentes países. Focar nessa equidade nos permite apresentar ferramentas e recursos que podem ser aplicados em outros segmentos sujeitos à exclusão – pessoas com deficiência, orientação sexual, gênero, classe social, casta, etnia, religião etc.
No primeiro dia do evento, John Kania, pesquisador e cocriador da metodologia de impacto coletivo, em 2011, e Junious Williams, conselheiro sênior do Colletive Impact Forum, irão explicar como se deu a reformulação do conceito que define a metodologia, revisitado após dez anos, para tornar as ações mais efetivas. Suas explanações terão, como base, o artigo “Priorizar a equidade no impacto coletivo”, escrito por eles e outros especialistas, publicado na revista Stanford Social Innovation Review.
O dia será pontuado por apresentações sobre experiências de impacto coletivo de países dentro e fora da América Latina, com foco na equidade racial. Também trará o painel O papel das empresas no Impacto Coletivo: uma relação com a agenda ESG, que terá a introdução conceitual do Prof. Heiko Spitzeck, professor na área de sustentabilidade e Gerente do Núcleo de Sustentabilidade da Fundação Dom Cabral.
No segundo dia do fórum, lideranças e jovens-potência do Brasil, da Colômbia e do México, do movimento internacional Global Opportunity Youth Network (GOYN), irão compartilhar suas experiências territoriais, indicando a relevância da iniciativa para engajar e mobilizar jovens-potência, colocando-os no centro da rede de articulação de oportunidades formativas para promover a inclusão produtiva de juventudes.
O painel “Impacto Coletivo como uma das tendências do investimento social privado” trará dados e percepções de especialistas e pesquisadores, além de relatos de práticas bem-sucedidas, nacionais e internacionais, para evidenciar o potencial da metodologia impacto coletivo para o contexto e fortalecimento do investimento social privado no Brasil.
No painel Papel das organizações que atuam como backbone em projetos de Impacto Coletivo, mediado por Jennifer Splansky Juster, diretora-executiva da FSG, será debatido o papel fundamental das instituições que atuam como parceiras articuladoras de iniciativas que utilizam a metodologia impacto coletivo para enfrentar problemas sociais complexos.