Ao invés de simplesmente falar para o governo que incentivos fiscais são importantes porque retornam para a sociedade a partir do serviço prestado pelas organizações, nós captadores devemos reforçar que, quando as pessoas têm mais tempo e dinheiro para doar, isso as torna mais felizes, mais conectadas, saudáveis e resilientes. E o resultado, afirma Adam Pickering, da Charities Aid Foundation (CAF), em artigo, são pessoas mais produtivas e muito menos propensas a depender do próprio Estado.
Em texto publicado no blog Future World Giving (O Futuro da Doação no Mundo), o articulista apresenta vários estudos e correlações entre o nível de doação dos países e a sua felicidade. Um deles, ele explica, descobriu que indivíduos a quem foi dado dinheiro e pedido que fizessem uma doação com ele se sentiam mais felizes do que aquelas a quem foi pedido que mantivessem o dinheiro para eles próprios.
Em outra colocação para reforçar o seu argumento, Adam explica que os dez países mais bem colocados no Índice Global de Bem-Estar da Gallup-Healthways pontuam 20% melhor no Índice Mundial da Solidariedade (World Giving Index) que a média geral.
É por tudo isso que ele conclui com a defesa enfática do argumento que usamos para abrir essa análise do seu artigo: devemos batalhar por melhores e mais descomplicados incentivos fiscais para doação, tendo como pano de fundo que eles têm um impacto real em fazer a sociedade mais preparada e independente.
Confira o artigo original, na íntegra e em inglês, no link http://futureworldgiving.org/2015/03/20/giving-makes-us-happy-charity-improves-well-being-for-donors-too/.